O ministro da
Educação, Aluízio Mercadante, disse nesta quinta-feira, 1º de março, que o piso
salarial do magistério deve ser “sustentável e progressivo”. Ele foi
entrevistado no programa de rádio Bom Dia, Ministro, da Secretaria de
Comunicação Social da Presidência da República (Secom) e da EBC Serviços.
Sobre a
dificuldade alegada por prefeitos e governadores de pagar o novo valor, de R$
1.451, Mercadante reconheceu que o reajuste é “forte, elevado”, mas ressaltou
que retroceder é a pior solução. O reajuste de 22,22% do piso do magistério foi
o principal tema abordado por radialistas de todo o país durante a entrevista.
“Não teremos uma educação nos padrões dos países desenvolvidos enquanto não
tivermos uma educação universal e de qualidade”, afirmou Mercadante.
De acordo com o
ministro, os estados precisam promover a reforma do plano de carreira e
equacionar outros problemas. “Para 2012, a lei é essa e é para ser cumprida”,
disse. “Para o futuro, o Congresso Nacional pode ouvir governadores, prefeitos
e professores e buscar uma solução sustentável e progressiva; o que não podemos
é congelar o piso.”
O ministro
salientou que o novo valor está ainda muito longe do patamar capaz de atrair
profissionais. “Estamos falando de pouco mais de dois salários mínimos; é pouco
para o Brasil”, afirmou.
Entre as
iniciativas destinadas a valorizar o professor, Mercadante citou também o
programa Escola sem Fronteira, a ser lançado. Professores receberão bolsas para
viajar pelo Brasil e conhecer as melhores experiências educacionais. “Não
haverá educação de qualidade sem a valorização dos professores”, destacou.
Modernização —
Mercadante ressaltou também a necessidade de modernizar a escola pública
brasileira e destacou a distribuição de 600 mil tablets — pequeno computador
portátil, com tela de toque ou caneta especial, que dispensa mouse ou teclado —
a professores do ensino médio de escolas públicas a partir do segundo semestre
deste ano. “Faltam professores de matemática, química e física, e a maior
evasão escolar no Brasil está no ensino médio”, lembrou. “Precisamos modernizar
a escola, levar a internet para a sala de aula. A escola precisa preparar o
aluno para o futuro.”
Segundo o
ministro, as 15 mil aulas digitais disponíveis no Portal do Professor podem
servir de material de apoio para as aulas. “E o tablet é um grande recurso para
isso.”
A vinculação de
pelo menos um terço dos recursos do pré-sal, na próxima década, à educação,
ciência e tecnologia também foi sugerida pelo ministro. “Não podemos repetir os
erros de países ricos em petróleo e pobres em educação”, disse.
Assessoria de
Comunicação Social
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