quinta-feira, 29 de julho de 2010

Exame para professores que ingresarão no magistério? Êta povinho bão!

A intenção do exame é boa. Não é obrigatório, serve como auto- avaliação ao candidato, resguardada o direito individual, serve para o ingresso no serviço público quando da realização de concurso público. Apesar de tudo isso fica em aberto uma antessala. A valorização profissional como resposta a uma profissão que pode ser pouco procurada se não houver investimento em salários. Do que adianta esta prevenção se a doença é a falta de incentivo salarial para o ingresso e permanência na carreira? Esse exame não é o remédio para o incentivo a novos ingressos na profissão. De nada adiantará fazer exame se não houver prioridade e se a educação não for tratada como uma política de Estado. Desse modo, não faltará candidatos à carreira. O momento sugere que o Mistério da Educação tenha uma atuação incisiva no valor do Piso Salarial Nacional, no convencimento a governadores e prefeitos a recriarem os conceitos de educação, investimento, desenvolvimento sustentável, cidadania e soberania. Esse é um conjunto indissociável, que a nosso juízo, representa a construção de uma política de Estado. Com isso, de certo não faltará candidatos à carreira do magistério e acabará a crise de professores de Física, Química, B1iologia e Matemática. A sociedade precisa ter como base a educação para compreender e desenvolver ações gerais e pontuais que dêem ao nosso povo o sentido de qualificar-se para o mundo do trabalho. Essa é uma necessidade básica na continuidade do projeto de reestruturação da educação brasileira. Esse exame acaba sendo uma estratégia pontual de natureza individual, com performance de um instrumento diagnóstico, merecedor de nossa atenção e crítica pela posição do MEC de unilateralidade, de ter deixado de fazer o debate com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, mas também, por não encontrar objetivamente a função didática pedagógica e teórica metodológica do exame, já que o mesmo acontece antes do ingresso ao serviço público. A realidade das escolas, a falta de condições de trabalho nos credencia a dizer que desenvolver competências e habilidades como conteúdos conceituais confronta-se com a realidade de cada profissional no exercício próprio das relações de trabalho. Em que condições um profissional do ensino tem que demonstrar competências, senão no relacionamento com os alunos e no exercício prático das relações cotidianas? Em que condições materiais tem este profissional não se frustra ao estabelecer relações sócio-culturais desfavoráveis e em estabelecer o convívio com queixas dos estudantes em relação à convivência familiar. Essas e outras considerações devem sim ser objeto de reparo para que os futuros profissionais, ao invés de testados, sejam estimulados a carreira considerando sua dimensão, como valor social, político, cultural e econômico com vista a valorização profissional. Sem ambiguidade na afirmação da intenção do exame e com a compreensão das relações sociais e de classe é que continuaremos nossa luta pela valorização salarial da categoria e que uma política de estado se estabeleça, recriando o interesse pela carreira do magistério.

 É BIS  e inelegível.  O TSE - TRIBUNAL SUPERIOR ELEITORAL  forma maioria e vota pela inegibilidade do Imbrochável por mais oito anos.  O pr...