segunda-feira, 18 de julho de 2011

Tô vendo tudo, tô vendo tudo, mais bico calado, faz de conta que sou mudo.

Um estado onde as leis são descartáveis 
Por ausência de códigos corretos 
Com quarenta mil analfabetos 
E maior multidão de miseráveis 
Um estado onde os homens confiáveis 
Não têm voz, não têm vez, nem diretriz
Mas corruptos têm voz e vez e bis 
E o respaldo de estímulo incomum 
Pode ser o estado de qualquer um 
Mas não é com certeza o meu estado.
(...)
Zé Ramalho na sua obra universal fala do país, aqui faço alusão ao nosso estado. 
Se hoje o trabalhador pode até ser demitido por estar lutando para que as leis deixem de ser descartáveis, onde iremos chegar? 
Não é possível que no meio de tantos defensores das leis, não tenha aparecido um, que talvez diria eu, até de forma mesmo que absurda dissesse que os trabalhadores tinham razão.
Só temos a lamentar, mais é bom lembrar que quem estuda na escola pública não são filhos de desembargadores, não são filhos de juízes nem de promotores, assim como também não são filhos de deputados, governadores, prefeitos, vereadores ou mesmo senadores como queria o Senador Cristóvão Buarque.
Quem está dentro dos hospitais, dentro dos postos de saúde, dentro das escolas é o filho do trabalhador, aquele que ganha um salário mínimo ou menos que isso, e não pode pagar uma escola particular para seu filho ou um plano de saúde. 
Esses, não merecem a luz dos olhos dos nossos representantes e defensores, uma escola de qualidade, com estrutura física, material e humana digna,  um hospital onde não faltem médicos nem medicamentos.
(...)
Um estado que é doente e não se cura 
Quer ficar sempre no terceiro mundo
Que do poço fatal chegou ao fundo
Sem saber emergir da noite escura
Um estado que engoliu a compostura
Atendendo a políticos sutis
Que dividem o RN em mil RNs
Pra melhor assaltar de ponta a ponta
Pode ser o estado do faz-de-conta 
Mas não é com certeza o meu estado.


Tô vendo tudo, tô vendo tudo 
Mas, bico calado, faz de conta que sou mudo. 

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